sexta-feira, 3 de junho de 2011

9 Passos para uma saúde perfeita - 1: Não comer toxinas

Imagine um mundo onde:
• diabetes, doenças cardíacas, doenças auto-imunes e outras doenças modernas são raras ou não existem
• todos estamos em boa forma física
• somos férteis ao longo da nossa idade fértil
• dormimos tranquilamente e profundamente
• envelhecemos bem, sem doenças degenerativas como Alzheimer e osteoporose
Embora isso possa soar como pura fantasia hoje, a evidência antropológica sugere que os seres humanos viveram assim ao longo de grande parte da nossa história evolutiva.
Hoje, a maioria das pessoas aceita doenças como obesidade, diabetes, infertilidade e Alzheimer como "normais". Mas embora essas doenças sejam comuns, elas não são  normais. Os seres humanos evoluíram a cerca de 2,5 milhões de anos atrás, e por cerca de 84 mil gerações estávamos naturalmente livres das doenças modernas que matam milhões de pessoas a cada ano e fazem inúmeras outras sofrer. Na verdade, o mundo que eu lhe pedi para imaginar acima - que hoje pode parecer absurdo e inatingível - era o estado natural do ser humano ao longo da nossa história neste planeta até algumas centenas de anos atrás.
O que provocou a mudança? O que nos transformou de pessoas naturalmente saudáveis e  livres de doenças degenerativas em pessoas doentes, gordas, inférteis e infelizes?
Em uma palavra? O estilo de vida moderno. E, embora existam vários aspectos do nosso estilo de vida atual que contribuem para a doença, o consumo generalizado de toxinas alimentares é, de longe, o maior agressor. Especificamente, as seguintes quatro toxinas alimentares são as culpadas:
 • Cereais (especialmente farinha de trigo refinada)
• Óleos vegetais à base de sementes, ricas em Ômega-6 (soja, milho, algodão, girassol, etc)
• Açúcar (especialmente o xarope de milho rico em frutose)
• Soja processado (leite de soja, proteína de soja, farinha de soja, etc)
O que é uma toxina?
No nível mais simples, uma toxina é algo capaz de causar doenças ou danificar os tecidos quando entra no corpo. Quando as pessoas ouvem a palavra "toxina", elas pensam de produtos químicos, como pesticidas, metais pesados ​​ou outros poluentes industriais. Mas mesmo nutrientes benéficos como a água, que são necessários para sustentar a vida, são tóxicos em altas doses.
O princípio econômico do declínio dos benefícios marginais pode ser aplicado  às toxinas. Isso implica que o primeiro pedaço comido de qualquer toxina tem baixa toxicidade. Cada pedaço adicional é ligeiramente mais tóxico do que o anterior. Em doses mais altas, a toxicidade de cada pedaço continua a aumentar, de forma que a toxina é cada vez mais venenosa.
É importante entender esse princípio ao discutirmos o papel das toxinas alimentares nas doenças modernas. A maioria de nós não vai ficar doente por comer uma pequena quantidade de açúcar, cereais, soja e óleo vegetal. Mas se comermos esses nutrientes (ou melhor, anti-nutrientes) em quantidades excessivas, o nosso risco de desenvolver doenças modernas aumenta significativamente.
É exatamente isso que está acontecendo hoje. Essas quatro toxinas alimentares - cereais refinados, óleos vegetais, açúcar e soja processada ​​- compõem a maior parte da dieta moderna. Pão, pastelaria, bolos, bolachas, biscoitos, refrigerantes, sucos de frutas, fast food e outros alimentos de conveniência são lotados dessas toxinas. E quando a maior parte do que a maioria das pessoas come diariamente é tóxico, não é difícil entender por que nossa saúde vai mal.
Vejamos cada uma destas toxinas alimentares em mais detalhes.
Cereais e grãos: O "alimento saudável" mais prejudicial do planeta
Os cereais e grãos mais importantes - trigo, milho, arroz, cevada, sorgo, aveia, centeio e milho - tornaram-se os alimentos básicos da dieta do homem moderno. Eles também são a "menina dos olhos" da dieta de baixo teor de gordura e rica em carboidratos promovida por organizações como a American Heart Association (AHA) e a American Diabetes Association (ADA). Se você disser a frase "cereais e grãos integrais" para a maioria das pessoas, a primeira palavra que provavelmente vem à sua mente é "saudável".
Mas o fato é que a maioria dos animais, incluindo o nosso parente mais próximo (o chimpanzé) não está adaptada aos cereais e grãos e não os comem em grandes quantidades. E os humanos só foram comê-los nos últimos 10 mil anos (um pontinho de tempo na escala da evolução). Por quê?
Porque as plantas como cereais e grãos estão sempre competindo contra predadores (como nós) para sobreviverem. Diferentemente dos animais, as plantas não podem fugir de nós quando decidimos comê-las. Elas tiveram que desenvolver outros mecanismos para se proteger. Estes incluem:
• produção de toxinas que causam danos ao revestimento do intestino;
• produção de toxinas que se ligam a minerais essenciais, tornando-os indisponíveis para o corpo humano, e,
• produção de toxinas que inibem a digestão e absorção de outros nutrientes essenciais, incluindo as proteínas.
Um desses compostos tóxicos é o glúten, proteína que está presente no trigo e em muitos outros cereais mais consumidos. Em suma, o glúten provoca danos no intestino e o torna permeável. E os pesquisadores agora acreditam que um intestino permeável é um dos principais fatores predisponentes para doenças como obesidade, diabetes e doenças auto-imunes.
A doença celíaca (DC) - uma condição de grave intolerância ao glúten - é conhecida há décadas. Os celíacos têm uma resposta imune dramática e, em alguns casos, potencialmente fatal até mesmo a uma quantidade ínfima de glúten.
Mas a doença celíaca é apenas a ponta do iceberg quando se trata de intolerância ao trigo e outros cereais que contêm glúten. A doença celíaca é caracterizada por anticorpos para dois componentes do composto de glúten: alfa-gliadina, e transglutaminase. Mas agora sabemos que as pessoas podem reagir a vários outros componentes do trigo e do glúten.

Os testes laboratoriais atuais para a intolerância ao glúten testam apenas para alfa-gliadina e transglutaminase, os dois componentes do glúten implicados na doença celíaca. Mas o trigo contém vários componentes, incluindo as lectinas como aglutinina do germe de trigo (WGA), outros epítopos da proteína gliadina gliadina como beta-gliadina, gama-gliadina e ômega-gliadina, uma outra proteína chamada glutenina, um peptídeo opióide chamado gluteomorfina , e um composto chamado gliadina desaminada produzido pelo processamento industrial ou a digestão do glúten.
Hoje, estudos mostram claramente que as pessoas podem reagir negativamente a todos estes componentes do trigo - e não apenas a alfa-gliadina e à transglutaminase às quais os celíacos reagem. E a pior parte disso é que os laboratórios comerciais não testam a sensibilidade a essas outras subfrações do trigo.
Isso significa, é claro, que é extremamente provável que muito mais pessoas sejam intolerantes ao glúten de trigo do que se supõe. Na verdade, é exatamente isso que as últimas pesquisas mostram. O Dr. Kenneth Fine, um pioneiro na pesquisa da intolerância ao glúten, mostrou que 1 em cada 3 americanos são intolerantes ao glúten, e que 8 em cada 10 têm os genes que predispõem ao desenvolvimento de intolerância ao glúten.
Isso é nada menos que uma catástrofe de saúde pública em uma nação onde a fonte número um de calorias é a farinha refinada. Mas enquanto a maioria pelo menos tem alguma idéia dos perigos de açúcar, da gordura trans e outros alimentos pouco saudáveis, menos de 1 em cada 8 pessoas com doença celíaca conhecem sua condição. 
Pacientes com doença celíaca clinicamente evidente (inflamação observável ​​e destruição do tecido intestinal) compreendem apenas 12,5% da população total de pessoas com DC. 87,5% daqueles com doença celíaca não têm sintomas intestinais óbvios. Para cada paciente sintomático com DC, há 8 pacientes com DC e sem sintomas gastrointestinais.
Mas isso significa que os pacientes com DC sem sintomas intestinais são saudáveis? Nem um pouco. Por muito tempo, acreditou-se que as manifestações patológicas da DC eram limitadas ao trato gastrointestinal. Mas a pesquisa nas últimas décadas tem revelado que a intolerância ao glúten pode afetar quase todos os tecidos e outros sistemas do corpo, incluindo:
• cérebro;
• sistema endócrino;
• estômago e fígado;
• núcleo das células;
• vasos sanguíneos,
só para citar alguns!
Isso explica porque a DC e a intolerância ao glúten estão associadas a diversas doenças diferentes, inclusive o diabetes tipo 1, doenças tireoidianas, osteoporose, doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e demência, doenças psiquiátricas, ADHD, artrite reumatóide, enxaqueca, obesidade, e muito mais. A tabela abaixo a partir do mesmo estudo BMJ 1999 mostra o aumento da incidência de outras doenças nos pacientes com DC:

Doenças em adultos associadas à doença celíaca

Doença
Frequência estimada (%)
Diabetes tipo 2
2 - 7,8
Tirotoxicose
5 - 5,8
Deficiência de IgA
3 - 2,6
Síndrome de Sjogren
3,3
Cirrose biliar primária
3
Osteoporose
3,3
Epilepsia
2,3
Distúrbio neurológico indefinido
17


Como se pode ver, 17% das pessoas com DC tem um "distúrbio neurológico indefinido". Mas mesmo essa alarmante estatística representa apenas as pessoas com diagnóstico de DC. Sabemos que apenas 1 em cada 8 pessoas com DC são diagnosticadas. Sabemos também que aquelas com DC representam apenas uma pequena fração da população de pessoas com intolerância ao glúten. Com isso em mente, não é difícil imaginar que o número de pessoas com intolerância ao glúten e "distúrbios neurológicos indefinidos " (e outras condições associadas na lista acima) poderia ser significativamente maior do que a pesquisa atual sugere.
Finalmente, também sabemos hoje que as pessoas com intolerância ao glúten - 33%  (se não mais) - também têm "reação cruzada" com outros alimentos que têm uma "assinatura molecular" semelhante à do glúten e seus componentes. Infelizmente, a lista desses alimentos (ver abaixo) contém todos os cereais e grãos, razão pela qual alguns médicos não recomenda apenas uma dieta livre de glúten, mas uma dieta totalmente livre de cereais e grãos. Como se pode ver, a lista também contém outros alimentos como leite (caseína alfa e beta, casomorfina, butirofilina do leite) e café (que é um reagente cruzado muito comum).
• alfa-caesina
• beta-caesin
• casomorfina
• butirofilina do leite
• leite de vaca
• queijo fundido
• chocolate
• café
• todos os cereais e grãos
• quinoa
• amaranto
• trigo
• tapioca
• arroz
• batata
• milho
• gergelim

Óleos vegetais: não são naturais e são impróprios para consumo humano
Óleos vegetais refinados (milho, algodão, soja, girassol, etc) não eram parte da dieta humana até há relativamente pouco tempo, quando grupos equivocados como o AHA e ADA começaram a promove-los alternativas à gordura saturada e saudáveis para o coração.
Ao longo de 4-5 milhões de anos de evolução dos hominídeos, as dietas eram abundantes em frutos do mar e outras fontes de ácidos graxos de cadeia longa ômega-3 (EPA e DHA), mas nível relativamente baixo de óleos ricos em ômega-6.
A pesquisa antropológica sugere que nossos ancestrais caçadores-coletores consumiam ômega-6 e ômega-3 em uma proporção de aproximadamente 1:1. Também indica que tanto caçadores-coletores antigos quanto modernos estavam livres das doenças modernas inflamatórias, como doenças cardíacas, câncer e diabetes, que são as principais causas de mortalidade e morbidade hoje.
No início da revolução industrial (cerca de 140 anos atrás), houve uma mudança acentuada na relação de ácidos graxos ômega-6 para ômega-3 na dieta. O consumo de gorduras ômega-6 aumentou em detrimento das gorduras ômega-3. Esta mudança deveu-se tanto ao advento da moderna indústria de óleos vegetais e o aumento do uso de cereais e grãos como alimento para animais domésticos (que por sua vez, alterou o perfil de ácidos graxos da carne consumida pelas pessoas).
A tabela a seguir lista o conteúdo de ômega-6 e ômega-3 de diversos óleos vegetais e alimentos:

Óleo
Teor de ômega 6
Teor de ômega 3
Girassol
65%
0%
Milho
54%
0%
Soja
51%
7%
Algodão
50%
0%
Gergelim
42%
0%
Amendoim
32%
0%
Canola
20%
9%
Linhaça
14%
57%
Peixe
0%
100%


O consumo de óleos vegetais aumentou dramaticamente entre o início e o final do século 20, e isso teve um efeito previsível sobre a proporção de ômega-6 e ômega-3 na dieta moderna. Entre 1935 e 1939, a proporção de ácidos graxos ômega-6 para ômega-3 era de 8,4:1. De 1935 a 1985, essa proporção aumentou para 10,3:1 (um aumento de 23%). Outras estimativas chegam a 12,4:1 em 1985. Hoje, as estimativas variam de uma média de 10:1 até 20:1, com uma proporção de 25:1 em alguns indivíduos.
Na verdade, a dieta moderna chega a proporcionar 20% de suas calorias a partir de uma única fonte alimentar - óleo de soja - com quase 9% das calorias totais apenas de  ácido linoleico rico em ômega-6. Isso revela que a ingestão média de ácidos graxos ômega-6 está entre 10 e 25 vezes maior do que as normas evolutivas. As conseqüências dessa mudança dramática não devem ser subestimadas.
Então, quais são as consequências para a saúde humana de uma relação ômega-6 para ômega-3 até 25 vezes maior do que deveria ser?
A resposta curta é que o alto consumo de ômega-6 está associado a um aumento de todas as doenças inflamatórias - ou seja, praticamente todas as doenças. A lista inclui (mas não está limitada a):
• doença cardiovascular
• diabetes tipo 2
• obesidade
• síndrome metabólica
• síndrome do cólon irritável e doença inflamatória intestinal
• degeneração macular
• artrite reumatóide
• asma
• cancer
• transtornos psiquiátricos
• doenças auto-imunes
Por outro lado, vários estudos clínicos têm demonstrado que a diminuição da relação  ômega-6 para ômega-3 protege contra doenças crônicas degenerativas. Um estudo mostrou que a substituição de óleo de milho por azeite de oliva para chegar a uma relação ômega-6 para ômega-3 de 4:1 levou a uma diminuição de 70% na mortalidade total. Isso não é uma diferença pequena.
Joseph Hibbeln, pesquisador do National Institute of Health (NIH), que tem publicado vários artigos sobre ingestão de ômega-3 e ômega-6, não mediu palavras quando comentou sobre o consumo crescente de ômega-6 em um artigo recente:
O aumento no consumo mundial de óleos vegetais ricos em ácido linoleico ao longo do século passado pode ser considerado como uma grande experiência sem ontrole que pode ter contribuído para o aumento da agressividade, da depressão e da mortalidade cardiovascular.
E essas são apenas as condições para as quais temos evidências mais contundentes. É provável que o aumento no consumo de ômega-6 desempenhe um papel igualmente importante no aumento de quase todas as doenças inflamatórias. Já que hoje sabemos que a inflamação está envolvida em quase todas as doenças, incluindo a obesidade e a síndrome metabólica, é difícil exagerar os efeitos negativos do excesso de ômega-6.
Açúcar: a forma mais doce de acabar com a sua saúde
Há cerca de 20 anos atrás, Nancy Appleton, Ph.D., começou a pesquisar todas as formas pelas quais o açúcar acaba com a nossa saúde. Ao longo dos anos, a lista tem aumentado continuamente, e inclui agora 141 pontos. Aqui está apenas uma pequena amostra (a lista completa pode ser encontrada no blog dela).
• O açúcar alimenta as células cancerosas e foi relacionado com o desenvolvimento do câncer de mama, ovário, próstata, reto, pâncreas, pulmão, vesícula e estômago.
• O açúcar pode aumentar os níveis de glicose em jejum e pode causar hipoglicemia reativa.
• O açúcar pode provocar muitos problemas do trato gastrointestinal, incluindo a gastrite, indigestão, má absorção em pacientes com doença intestinal funcional, aumento do risco de doença de Crohn e colite ulcerativa.
• O açúcar pode interferir na absorção de proteína.
• O açúcar pode provocar alergias alimentares.
• O açúcar contribui para a obesidade.
No Brasil, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (IBGE, 2002-3) mostra crescimento de 400% no consumo de refrigerantes e biscoitos, comparando à década de 70, e ingestão excessiva de açúcar, 13,7% das calorias totais (desconsiderado consumo fora do domicílio), contra o máximo de 10% recomendado pela OMS para prevenção de doenças crônicas.
Mas nem todo o açúcar é criado igualmente. O açúcar branco (sacarose) é composto por dois tipos de açúcar: a glicose e a frutose. A glicose é um nutriente importante em nossos corpos e é saudável, desde que seja consumido com moderação. A frutose é uma história diferente.
A frutose é encontrada principalmente em frutas e legumes, e adoçantes como o açúcar e o xarope de milho rico em frutose (high-fructose corn syrup - HFCS). Nas últimas décadas, principalmente nos EUA e outros países desenvolvidos, tem-se utilizado como adoçante, em substituição de menor custo à sacarose, o HFCS, contendo 55% de frutose e o restante em glicose. Para distinguir as principais fontes de frutose, Bray (2008) utiliza os termos "frutose boa" para a que ocorre em frutas, legumes e mel, e "frutose ruim", para a da sacarose ou HFCS.
O consumo de frutose da população mundial aumentou cerca de 250% nos últimos anos, acompanhando o aumento da epidemia da obesidade. A ingestão de frutose vem aumentando em decorrência do maior consumo de produtos industrializados, como refrigerantes e outras bebidas calóricas e xarope de milho, sendo este último, comumente utilizado em alimentos, como sucos, cereais matinais, alimentos pré-preparados e até leites destinados a crianças.
Ao contrário da glicose, que é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea e absorvido pelas células, a frutose é desviado diretamente para o fígado onde é convertido em gordura. O excesso de consumo de frutose causa uma condição chamada de doença hepática não alcoólica (NAFLD), que está diretamente ligada à diabetes e obesidade.
Um estudo de 2009 mostrou que ao mudar da glicose para a frutose, a gordura abdominal aumenta em até 4 vezes. A gordura abdominal é um preditor independente da sensibilidade à insulina, intolerância à glicose, pressão arterial alta, colesterol alto, triglicérides alto e várias outras doenças metabólicas.
A frutose tem todas as qualidades de um veneno. Ela causa danos, não fornece nenhum benefício e é enviada diretamente para o fígado para ser desintoxicado de modo que não prejudique o organismo.

Soja: outra toxina promovida como alimento saudável
Como os cereais e grãos, a soja é outra toxina muitas vezes promovida como um alimento saudável. É agora ela está onipresente na dieta moderna, presente em quase todos os alimentos embalados e processados ​​na forma de proteína isolada de soja, farinha de soja, lecitina de soja e óleo de soja.
Por esta razão, a maioria das pessoas desconhece o quanto consomem de soja. Você não tem que ser um naturalista comedor de tofu para ingerir um monte de soja. Na verdade, a dieta moderna - que definitivamente não é defendida pelos naturalistas - proporciona até 9% do total de calorias apenas a partir de óleo de soja.
Sempre que se mencionam os perigos da soja, alguém protesta que a soja não pode ser problemática porque tem sido consumida com segurança na Ásia há milhares de anos. Existem vários motivos pelos quais este argumento não é válido.
Em primeiro lugar, os produtos de soja consumidos tradicionalmente na Ásia são tipicamente fermentados e não processados ​​- incluindo tempeh misso, natto e tamari. Isto é importante porque o processo de fermentação neutraliza parcialmente as toxinas da soja.
Em segundo lugar, os asiáticos consumem alimentos de soja como um condimento, não como um substituto para alimentos de origem animal. A média de consumo de alimentos de soja na China é de 10 gramas (cerca de 2 colheres de chá) por dia e é de 30 a 60 gramas no Japão. Estas não são grandes quantidades de soja.
Compare isso com os EUA e outros países ocidentais, onde quase toda a soja consumida é altamente processada ​​e não-fermentada, e consumida em quantidades muito maiores do que na Ásia.
Qual é o impacto da soja a nossa saúde? A seguinte lista é apenas parcial:
• A soja contém inibidores de tripsina, que inibem a digestão de proteínas e afetam a função pancreática;
• A soja contém ácido fítico, que reduz a absorção de minerais como cálcio, magnésio, ferro, cobre e zinco;
• A soja aumenta a nossa necessidade de vitamina D;
• Os fitoestrógenos da soja interromper a função endócrina e têm o potencial de causar infertilidade e promover câncer de mama em mulheres adultas.
• Análogos da vitamina B12 na soja não são absorvidos e aumentam a necessidade de  B12 do corpo;
• O processamento  da proteína de soja resulta na formação de lisinoalanina, que é tóxica, e  nitrosaminas, que são altamente cancerígenas;
• O ácido glutâmico livre ou MSG, um potente neurotóxico, é formado durante o processamento de alimentos de soja, e mais MSG é adicionado a produtos à base de soja para disfarçar o seu sabor desagradável,
• A soja pode estimular o crescimento de tumores estrógeno-dependentes e causar problemas de tireóide, especialmente em mulheres.
Talvez o mais preocupante, um estudo da Harvard School of Public Health, em 2008, descobriu que homens que consumiram o equivalente a uma xícara de leite de soja por dia apresentavam uma contagem de esperma 50% inferior à dos homens que não consumiam soja.
Em 1992, o Serviço de Saúde suíço estimaou que as mulheres que consomem o equivalente a dois copos de leite de soja por dia recebem o equivalente estrogênico de uma pílula. Isso significa que mulheres que comem cereais com leite de soja e bebem leite de soja todos os dias estão efetivamente recebendo o mesmo efeito do estrogênio que se estivessem tomando uma pílula anticoncepcional.
Este efeito é ainda mais dramático em bebês alimentados com fórmula à base de soja. Os bebês alimentados com fórmula à base de soja têm 13.000 a 22.000 vezes mais compostos de estrógeno no sangue do que bebês alimentados com fórmula à base de leite de vaca. Bebês alimentados exclusivamente com fórmula de soja recebem o equivalente estrogênico (baseada no peso corporal) de, pelo menos, cinco pílulas anticoncepcionais por dia.

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